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Detran/AL informa sobre reagendamento de exames práticos

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Procedimento está disponível apenas para candidatos que agendaram exames na capital e tiveram o serviço interrompido em razão da pandemia

Por agencia Alagoas

O Departamento Estadual de Trânsito de Alagoas (Detran/AL) informa que os exames práticos de direção veicular vão retornar de forma gradativa em todo o estado. Nessa primeira fase da retomada dos exames, as vagas disponibilizadas serão EXCLUSIVAS para aqueles candidatos que já tinham feito o agendamento para realizar o exame em MACEIÓ, entre os dias 19/03 e 31/05, e não conseguiram concluir o serviço por conta da pandemia do novo coronavírus. Posteriormente, as vagas serão ampliadas para os candidatos que querem agendar o exame prático pela primeira vez e para os que agendaram em outros municípios e também tiveram o serviço interrompido.

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Brasil

TRE alerta: faltam 20 dias para o fechamento do cadastro eleitoral

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Quem quiser ficar com o documento pronto para exercer o direito de voto deve ficar atento

As eleições municipas só acontecem em outubro, mas o prazo para tirar, transferir, atualizar ou regularizar o título de eleitor termina daqui a vinte dias. Quem quiser ficar com o documento pronto para exercer o direito de voto deve ficar atento, pois o cadastro eleitoral será fechado no dia 8 de maio.

Nos cartórios eleitorais do interior, o funcionamento segue das 7h30 às 13h30.

Para solicitar os serviços, é preciso portar um documento oficial com foto e um comprovante de residência. No caso das transferências de domicílio, o comprovante de residência precisa ser dos últimos 3 meses, no mínimo (de dezembro, no caso). Os homens acima de 18 anos precisam apresentar, ainda, a certidão de alistamento militar (reservista).

  • É importante lembrar, ainda, que as pessoas que estão com o título de eleitor em dia, mesmo que não tenham feito a coleta biométrica, poderão votar normalmente nas Eleições 2024. Porém, caso queiram apenas cadastrar a biometria, podem buscar o atendimento, tendo em vista que a coleta biométrica foi retomada nacionalmente.

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Piaçabuçu

Joilson, os pôneis e Pedro Henrique serão as atrações da Festa do Bom Jesus dos Navegantes no Povoado do Potengy

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No dia 20 de abril, às 22h, o povoado Potengy, em Piaçabuçu, se prepara para celebrar a 118ª edição da Festa de Bom Jesus dos Navegantes, um evento tradicional e marcante na região. Promovida pela Prefeitura de Piaçabuçu, a festa promete uma noite inesquecível com apresentações musicais que vão animar o público presente.

O palco será tomado pelas apresentações das bandas Pedro Henrique, Os Ponney e Joilson, que prometem agitar a noite com seus sucessos e animar os presentes até altas horas. A diversidade musical das bandas promete agradar a todos os gostos, desde os fãs de forró até os amantes de sertanejo e arrocha.

A Festa de Bom Jesus dos Navegantes é um evento aguardado ansiosamente pelos moradores locais e visitantes, sendo um momento de celebração, fé e confraternização.

A Prefeitura de Piaçabuçu, responsável pela realização do evento, reforça o convite a todos os moradores e turistas para participarem dessa festa tão especial, que celebra não apenas a tradição religiosa, mas também a cultura e a união da comunidade local. A 118ª Festa de Bom Jesus dos Navegantes no povoado Potengy, promete ser um sucesso e marcar mais um capítulo dessa história.

FIQUE LIGADO!

Tradicional corrida de canoa na Festa de Bom Jesus dos Navegantes no Povoado Potengy, promete muito emoção neste domingo

No domingo, dia 21 de abril, a partir das 10h, o povoado Potengy, em Piaçabuçu, continua em festa com a 118ª edição da Festa de Bom Jesus dos Navegantes no povoado Potengy. Além das celebrações religiosas e da animação musical, o dia reserva uma emocionante premiação para os participantes das competições tradicionais da festa.

Os competidores das categorias de canoas, barco 8,5, barco 1 pano e pescaria terão a chance de serem premiados nas colocações de 1º, 2º e 3º lugar com premiação em dinheiro. A competição promete ser acirrada e emocionante, com os participantes mostrando suas habilidades e dedicação em busca da vitória.

O local da premiação será no Porto do Povoado Potengy, um cenário encantador que proporciona uma vista deslumbrante para o Rio São Francisco. A realização é da Prefeitura de Piaçabuçu, que reforça o convite para que todos participem desse momento especial, celebrando a tradição e a cultura local.

A premiação das competições é mais um motivo para celebrar a 118ª Festa de Bom Jesus dos Navegantes, uma festa que une fé, cultura e alegria em um só lugar. Venha fazer parte dessa tradição e viver momentos inesquecíveis no povoado Potengy!

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Brasil

“Acredito no poder transformador da educação”, diz escritora indígena

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Eliane Potiguara é a 1ª mulher indígena a publicar um livro no Brasil

Por agencia Brasil

Considerada a primeira mulher indígena a publicar um livro no Brasil, a escritora Eliane Potiguara conquistou o respeito e admiração de estudiosos e leitores de suas obras. Em 2014, a autora de A Terra É a Mãe do Índio (1989) e de Metade Cara, Metade Máscara (2004), entre outros títulos, foi agraciada com a Ordem do Mérito Cultural, com a qual o Ministério da Cultura distingue pessoas e instituições que contribuem para fomentar a cultura brasileira. Em 2021, recebeu do Conselho Universitário da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) o título de doutora honoris causa.

Rio de Janeiro (RJ), 17/04/2024 - Eliane Potiguara, educadora e ativista, considerada a primeira escritora indígena a publicar um livro no Brasil. Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil
Eliane Potiguara, educadora e ativista, é considerada a primeira escritora indígena a publicar um livro no Brasil – Tânia Rêgo/Agência Brasil

O reconhecimento como escritora, educadora e ativista política não é pouca coisa. Principalmente para quem, como ela, só foi alfabetizada aos 7 anos de idade. À época, ela assumiu a tarefa de escrever as cartas que, do Rio de Janeiro, a avó queria enviar aos parentes que, na primeira metade do século passado, se espalharam para fugir de conflitos fundiários e de outras formas de violência contra os povos indígenas.

“Fui alfabetizada um pouco tarde, para escrever as cartas que a minha avó enviava principalmente para a Paraíba, de onde a família teve que fugir devido às ameaças de morte”, conta Eliane. Aos 73 anos de idade, a fundadora da Rede de Comunicação Indígena Grumim (criada em 1987 e inspirada “na saga de famílias indígenas que, após terem passado por um processo de violência, tiveram que peregrinar em busca da sobrevivência física, moral e étnica”) relembra a importância desse processo.

“A partir da escrita das cartas, da leitura das respostas que recebíamos e das histórias que minha avó contava, fui compreendendo essa espécie de exílio familiar que me levou a crescer no Morro da Providência, no Rio de Janeiro. Fiquei sabendo que parte da família tinha fugido para não ser assassinada, como tantos outros indígenas, mas daí a me entender como indígena em uma sociedade racista, discriminatória, demorou um pouco mais”, conta a escritora.

Defensora de uma educação pública de qualidade que leve em conta a diversidade cultural étnica que compõe o Brasil e forjada no movimento de resistência e autoafirmação indígena, Eliane se revela otimista, mas não ingênua. “A cultura indígena é maravilhosa e está viva. Seguiremos voltados a essa incrível fidelidade a nossa ancestralidade, mantendo-nos alinhados com as novas tecnologias.”

Leia, a seguir, trechos da entrevista que Eliane Potiguara concedeu para a série de entrevistas com intelectuais, lideranças e ativistas indígenas que a Agência Brasil publica esta semana, por ocasião do Dia dos Povos Indígenas, na sexta-feira (19).

Agência Brasil: A cartilha A Terra É a Mãe do Índio, que a senhora escreveu, é apontada como a primeira obra literária publicada no Brasil por uma mulher indígena, em 1989. Desde então, muitos outros autores e autoras indígenas surgiram, alguns com relativo sucesso comercial. O que tem motivado o surgimento de tantos autores indígenas nas últimas décadas?
Eliane Potiguara: Primeiramente, [a necessidade de libertar] a voz sufocada da população indígena. Ao transformarmos [registrarmos] o pensamento indígena em livros, encontramos um canal de resistência e de luta. Um canal por meio do qual podemos divulgar as situações que vivemos. Com o avanço das tecnologias e com a internet, encontramos novos meios [de expressão] e caminhos. Muitos líderes, professores, pensadores indígenas que têm algo a dizer à sociedade em geral têm se valido desses canais.

Agência Brasil: Como esse trabalho de promover o acesso da população em geral às narrativas indígenas, transmitidas pelos próprios indígenas, pode contribuir para o futuro dos povos originários e da sociedade?
Eliane: Contribui como um elemento de conscientização política. Conscientização sobre quem somos, para onde vamos e o que queremos enquanto brasileiros e enquanto povos indígenas. Por exemplo: levar um material escrito por indígenas para dentro das escolas é uma iniciativa transformadora, inspiradora. Mexe com o universo cultural e com o inconsciente de parte da população, pois se trata de um material que tanto pode conscientizar professores não indígenas, quanto ser trabalhado com estudantes indígenas e não indígenas. Há até pouco tempo, o material didático e literário usado nas escolas em geral estava em conformidade com a realidade do colonizador. Hoje, mesmo com todos os problemas, temos uma lei que torna obrigatório o estudo da história e das culturas indígena e afro-brasileira e uma educação que, de alguma forma, contempla os povos indígenas. Há muitos professores e gestores indígenas, o que também é um fato bastante relevante. Além do mais, as narrativas indígenas também ajudam a revelar como nós, indígenas, com nossos conhecimentos tradicionais, podemos contribuir para, por exemplo, preservarmos o que os não indígenas chamam de meio ambiente e nós chamamos de natureza.

Agência Brasil: Chama a atenção que a senhora, que diz ter sido alfabetizada tardiamente, tornou-se educadora e autora de tantos livros. Qual foi a importância da instrução formal e da leitura para sua trajetória pessoal? E qual é, a seu ver, a importância da educação para o futuro das comunidades indígenas?
Eliane: Fui alfabetizada um pouco tarde, entre 7 e 8 anos de idade, para escrever as cartas que a minha avó enviava principalmente para a Paraíba, de onde a família teve que fugir devido às ameaças de morte. Nasci no Rio de Janeiro e cresci no Morro da Providência, onde cresci fechada em uma espécie de gueto, protegida da violência ao redor. Minha avó não queria sequer que eu olhasse para as pessoas, tentava limitar nossos contatos. Nesses primeiros anos, eu tinha como que uma espécie de anteolhos psicológicos que me mantinham alienada da realidade. A partir da escrita das cartas, da leitura das respostas que recebíamos e das histórias que minha avó contava, fui compreendendo essa espécie de exílio familiar. Fiquei sabendo que parte da família tinha fugido para não ser assassinada, como tantos outros indígenas, mas daí a me entender como indígena em uma sociedade racista, discriminatória, demorou um pouco mais. Daí seguirmos lutando por uma educação indígena de qualidade, pela preservação das línguas e das tradições indígenas.

Agência Brasil: No poema Identidade Indígena, de 1975, há um trecho em que a senhora destaca a importância da ancestralidade e aposta que, no futuro, os povos indígenas “brilharão no palco da história”, não precisando mais “sair pelo mundo embebedados pelo sufoco do massacre, a chorar e derramar preciosas lágrimas por quem não lhes tem respeito”. A senhora mantém essa expectativa?
Eliane: Sim. Sou fruto desse nosso processo de colonização, assassinatos e de famílias migrantes sofridas, mas sou também uma pessoa que acredita nas mudanças, na conscientização política, em que vamos conseguir conscientizar a população em geral, que já vem se conscientizando. De um lado, temos, hoje, vários indígenas médicos, antropólogos, professores, advogados etc., além dos que estão em cargos de poder. De outro, há uma grande parcela de pessoas preocupadas, por exemplo, com a questão ambiental, com o aquecimento global. Então, a gente já percebe essa mudança que pode, sim, ser crescente. Como educadora, acredito em mudanças positivas e no poder transformador de uma educação mais de acordo com a realidade.

Agência Brasil: No mesmo poema, a senhora constata que “as contradições nos envolvem e as carências nos encaram”. Hoje, isso parece ainda mais evidente. De um lado, há pensadores indígenas viajando o mundo para proferir palestras e publicando livros de sucesso. Há indígenas no comando de órgãos públicos como o ministério e a fundação dos povos indígenas (Funai). O número de pessoas que se autodeclaram indígenas saltou de 294 mil, em 1991, para quase 1,7 milhão, em 2022. Por outro lado, os conflitos por terra persistem; há problemas na saúde e na educação indígenas e crises humanitárias como a que afetam os yanomami, na Amazônia, e os guarani e kaiowá, em Mato Grosso do Sul. Neste contexto, e considerando que o futuro não está dado, está sempre em disputa, como a senhora imagina o futuro dos povos indígenas?
Eliane: Vivemos um conflito, uma luta de classes, mas, apesar desse sistema opressor e egoísta que admite que um homem explore outro homem apenas para ampliar seu capital financeiro, acredito na evolução, em mudanças positivas. Veja o exemplo dos navajos [da América do Norte], cuja sociedade domina tecnologias modernas sem abrir mão da identidade, cultura, língua ou espiritualidade indígena. Temos condições de conciliar esses aspectos – que não são antagônicos. Há exemplos parecidos no México, na Finlândia. Obviamente, é preciso respeitar a diversidade étnica e cultural e a autodeterminação das comunidades que optam por viver isoladas, cujos modos de vida e tradição devem ser igualmente preservados.

Agência Brasil: Então a senhora aposta em um futuro em que os índios terão domínio e acesso aos avanços tecnológicos e seus benefícios, mas preservando suas identidades?
Eliane: Claro. Seguiremos voltados a essa incrível fidelidade a nossa ancestralidade, mantendo-nos alinhados com as novas tecnologias. Até por causa dos estereótipos, preconceitos e do tipo de educação de que falei no início, quando eu era mais jovem, acreditava que ser indígena é ser pobre e algo em vias de ser extinto. Não é. A cultura indígena é maravilhosa, está viva. Ela é extremamente resistente. Haja vista esses 524 anos de opressão a que seguimos resistindo. Com quase 74 anos de idade, ainda vejo um futuro promissor. O Brasil é terra indígena e os brasileiros precisam ter consciência de sua ancestralidade.

*Dentro da série especial sobre o futuro dos povos indígenas, a Agência Brasil publicará amanhã a entrevista com a ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara.

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